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Críticas

STAR TREK DISCOVERY | Klingons Azuis – Episódio #12: Through the Valley of Shadows – Crítica do Viajante

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Pessoalmente sou um cara desatento a detalhes como cores e roupas em séries de TV. Infelizmente, depois de velho, não consigo mais me concentrar nesse tipo de coisas. Mas, mesmo assim, a cor da pele dos klingons em Through the Valley of Shadows, o episódio desta semana de Star Trek Discovery que foi exibido na última quinta feira (04/04) pelo canal CBS e que já está disponível na rede de streaming Netflix, impressionaram de forma aberrante minhas retinas. 

L’Rell também ficou azul.

Aparentemente os roteiristas quiseram que o monge klingon T’Navik (Kenneth Mitchell) fosse um exemplar albino de sua espécie. Porém o personagem estava muito mais próximo de um andoriano do que alguém portador de albinismo. O tom “azul calcinha” de sua pele chamou a atenção do mais desatento dos trekkers. Os longos cabelos brancos davam o toque final na semelhança com um nativo de Andoria. Só faltaram as antenas características. E pelo visto o albinismo é uma condição altamente contagiosa entre klingons. Porque logo outros klingons estavam azuis, como um outro monge que aparece plantando sementes de crescimento imediato, ou a própria L’Rell (Mary Chieffo) que estava totalmente azulada no final do episódio. Nas séries anteriores da franquia a pele dos klingons eram invariávelmente de tons marrons pendendo para o negro. Tanto que a maioria dos atores contratados para dar vida a essa raça guerreira eram pardos ou negros. Com as mudanças feitas na aparência dos nativos de Qo’noS na série atual, a cor mudou para o preto e o acinzentado. A própria pele de L’Rell está bem cinza no começo do episódio. O azulamento posterior é inexplicável e impossível de não se notar.

Outro detalhe que foi impossível de não perceber é o fato de que a protagonista Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) não chorou nenhuma vez nesse episódio! Os fãs da franquia já estavam reclamando desde o início dessa temporada da propensão da especialista em se debulhar em lágrimas. Dessa vez ela resistiu bravamente. Seus olhos chegaram a brilhar na primeira cena enquanto conversava com o holograma de sua mãe adotiva Amanda Grayson (Mia Kishner) sobre o destino de sua mãe verdadeira no episódio passado, mas seu irmão Spock (Ethan Peck) interrompeu-as a tempo de impedir que a primeira lágrima caísse. Trazia a notícia de que uma nova explosão vermelha, misteriosos sinais que a U.S.S Discovery vem seguindo ao longo dessa temporada, surgiu sobre o planeta Boreth, uma possessão do império Klingon.

Boreth abriga um dos mais importantes templos do culto a Kahless, o principal profeta da religião klingon. O tenente Ash Tyler (Shazad Latif) que também tem em seu âmago o klingon Voq, já que ambos foram unidos cirurgicamente no passado, consegue para o capitão Christopher Pike (Anson Mount) uma audiência com a chanceler L’Rell com o intuito de conseguirem autorização para visitar o templo. Em uma reunião com a presença dos 3 discutem quem deve descer no planeta e os dois klingons acabam revelando ao comandante da Discovery não só que o templo protege Cristais do Tempo, minerais raros que possibilitam a viagem no tempo, mas também que tiveram um filho e que para salvarem o império de uma guerra civil simularam a morte tanto da criança quanto de Voq e que o bebê na verdade foi entregue para ser criado pelo monges de Boreth. Diante disso decidem que Pike é quem vai descer ao planeta.

Já na superfície Pike encontra-se com o tal T’Navik para solicitar uma amostra de Cristal do Tempo, porém é informado que só poderá levá-lo após passar por uma espécie de provação. O monge também revela a Pike que é na verdade o filho de Voq e L’Rell que teve seu envelhecimento acelerado graças à influência dos cristais. É nessa hora que vemos o outro klingon azul já citado plantando as também já citadas sementes de crescimento instantâneo. O fato de T’Navik ser albino é coerente com a história já que Voq, antes de se unir a Tyler, era albino também. Sofria preconceito por isso por parte dos outros klingons como foi visto na primeira temporada da série.

Em uma câmara cheia de cristais Pike é confrontado com seu próprio futuro e com sua horrenda morte por exposição a radiação. T’Navik lhe diz que se levar o cristal, seu futuro está selado. Porém deixando-o, ainda pode se livrar dele. Pike decide por levá-lo para salvar a galáxia.

Paralelamente, aproveitando-se da ausência de Pike, Burnham consegue autorização do capitão interino Saru (Doug Jones) Para investigar uma nave da Seção 31, a agência de inteligência e espionagem da Frota Estelar, que se atrasou em se reportar gerando suspeita. Isso porque no episódio passado a inteligência artificial conhecida por Controle conseguiu escapar da Discovery fugindo em uma nave Seção 31. Particularmente Burnham alimenta um desejo de vingança porque sua mãe foi levada para o futuro contra sua vontade graças a essa entidade. Sabendo disso, Saru pede a Spock que a acompanhe preventivamente. 

Ambos partem em uma nave auxiliar e ao  chegarem a seu destino encontram centenas de corpos congelados no espaço em volta da nave NCIA-93 pertencente á Seção 31. Os sensores indicam haver um homem vivo entre os mortos e ao resgatarem-no Burnham constata se tratar do oficial tático da U.S.S. Shenzou que outrora trabalhara com ela, o tenente Kanram Gant (Ali Momen). O que me causou estranheza aqui foi o fato da dupla sequer questionar como apenas ele sobrevivera. Uma mente lógica como a de Spock suspeitaria de imediato. A explicação de que ele percebera a presença do Controle no computador da nave a tempo de vestir um traje EV é totalmente inverossímil, afinal ele mesmo diz que ao tentar apagá-lo  foi percebido e o ato de abrir as comportas seria quase que imediato para um AI. Puro roteirismo.

O trio se transporta então para a ponte de comando da NCIA-93 para investigar o que realmente aconteceu e tentar neutralizar o domínio do Controle. Porém a nave salta para o espaço subitamente mostrando-lhes que a AI está ciente de sua presença. Por fim planejam uma armadilha que isolará Controle em uma “gaiola” virtual. Porém, a execução do plano requer que Spock se desloque para a sala de controle do computador separando-se dos outros dois. Em conversa com Gant,  Burnham percebe que o mesmo está sendo controlado pela AI. No outro aposento scaneamentos feitos por Spock indicam que há uma parte do Controle em uma unidade de carbono levando-o a chegar na mesma conclusão. Aqui o grande problema do episódio. Burnham entra em luta corporal com Gant e esse se transmuta em uma espécie de ser metálico que está prestes a matá-la quando Spock chega e magnetiza o chão neutralizando a ameaça. Ou seja, Gant não era orgânico como o computador havia revelado a Spock. Era apenas uma criatura metálica disfarçada de ser orgânico, porém não creio que isso enganaria os scanners. Spock inclusive, antes da transformação de Gant, tenta derrubá-lo com um aperto vulcano e diante do fracasso ainda ouve do oponente que ausência de nervos impediu o sucesso do golpe.  Furo grosseiro de roteiro.

E para quem se perguntava onde estaria a engenheira Jett Reno (Tig Notaro) resgatada de um asteroide no começa da temporada, ela voltou a aparecer por alguns minutos dando conselhos amorosos ao oficial médico dr. Hugh Culber (Wilson Cruz) que após ter voltado da morte passou a desprezar seu marido, o engenheiro-chefe Paul Stamets (Anthony Rapp). Ela inclusive lhe revela ser homossexual também e conta a ele sobre sua relação com a falecida esposa salientando que poucos tem uma segunda oportunidade de estar ao lado de uma pessoa que o ama como ele está tendo. 

O episódio termina com um gancho onde a  Discovery está cercada por dezenas de naves da Seção 31 dominadas pelo Controle. Diante da situação e para não entregar os dados da Esfera de 100 mil anos de idade que estão no computador da Discovery, que podem determinar a morte de todos os seres sencientes da galáxia e não podem ser deletados, Pike decide pela evacuação e destruição da U.S.S. Discovery.

Episódio ligeiramente melhor que o anterior. Classificação:

Críticas dos episódios anteriores:

STAR TREK DISCOVERY | Retorno eletrizante mas que pode desagradar os tradicionalistas – Episódio #01: Brother – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | De Volta à Estrada de Cogumelos – Episódio #02: New Eden -Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | O Retorno dos Klingons Cabeludos e suas Bat’Leths – Episódio #03: Point of Light – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Um ser de 100.000 anos de idade – Episódio #04: An Obol for Charon – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Aventura na rede micelial – Episódio #05: Saints of Imperfection – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Uma nova perspectiva sobre a 1º Diretriz – Episódio #06: The Sounds of Thunder – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Go ask Alice and feed your head – Episódio #07: Light and Shadows – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Retorno a Talos IV – Episódio #08: If Memory Serves – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Airiam – Episódio #09: Project Daedalus – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Paradoxo – Episódio #10: The Red Angel – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Resistir é inútil – Episódio #11: Perpetual Infinity – Crítica do Viajante

 

Leia também as críticas de cada episódio da 1º Temporada:

Episódio duplo de estréia

Episódio 03

Episódio 04

Episódio 05

Episódio 06

Episódio 07

Episódio 08

Episódio 09

Episódio 10

Episódio 11

Episódio 12

Episódio 13

Episódio 14

Episódio 15


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Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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